Equipamento para usar moto no inverno vai além da roupa de frio; proteja-se

Equipamento para usar moto no inverno vai além da roupa de frio; proteja-se

Equipamento para usar moto no inverno vai além da roupa de frio; proteja-se

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Muito além da temperatura: equipamento correto protege o motociclista do frio e de traumas físicos, algo que calças e jaquetas comuns não evitam.

Em uma noite fria, com garoa fina e insistente, tive de fazer uma parada durante uma viagem para vestir a capa de chuva. Um motociclista também parou no posto e pediu informação: “Quanto tempo demoro até Belo Horizonte?”. Como estávamos em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, seriam mais de 500 quilômetros até a capital mineira. Enquanto ele pensava, olhei seu equipamento de proteção: uma jaqueta grossa de lã, calça jeans e tênis. Não usava luvas, nem tinha capa de chuva.

– Não está com frio?

– Não, a jaqueta é quentinha, respondeu.

Aconselhei-o a voltar para São Paulo e seguir a viagem durante o dia. A partir daquele trecho, as condições climáticas só iriam piorar. O motociclista seguiu o conselho e voltou para São Paulo com sua Honda Twister repleta de bagagem.

Esse companheiro de estrada é o retrato de muitos motociclistas que encontramos pelo Brasil. Muitos associam roupas contra o frio com equipamentos de proteção, uma confusão que pode custar a vida de quem está sobre duas rodas. É inegável que se proteger contra o frio é necessário, mas equipamentos específicos para se andar de moto precisam proteger contra quedas, impactos e traumas — e isso vale para qualquer época do ano, sob qualquer tipo de clima. Também é preciso considerar os gastos — capacetes, jaquetas e botas de grife passam dos R$ 1 mil facilmente, ainda que existam opções mais em conta — mas o custo da segurança é sempre válido e necessário.

No frio, porém, as condições de asfalto, iluminação e visibilidade são adversas e investir em um bom equipamento de proteção é fundamental para garantir a segurança. Veja quais são os equipamentos básicos:

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Balaclava profissional protege até contra incêndios; as comuns dão conforto térmico

1. Segunda pele e balaclava

Alguns equipamentos melhoram a convivência do motociclista com o frio. A segunda pele, por exemplo, é uma malha protetora de tecido sintético para ser usada por baixo da roupa normal. Capaz de manter a temperatura corporal, permite ao piloto consegue viajar no frio sem a necessidade de várias camadas de roupas — usar roupa demais é desconfortável e diminui a agilidade.

Já a balaclava cobre totalmente o rosto e o pescoço, ajuda a evitar a sensação desconfortável do suor que, após escorrer pela pele, entra em contato com o vento, bem como a proteger contra o vento gelado. Valores variam de acordo com a composição das peças, custando de R$ 30 a R$ 400.

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Capacete é fundamental. Atente ainda ao modelo: se for aberto, você vai congelar

2. Capacete

Para muitos motociclistas, o capacete serve apenas para “evitar multas”, mas um capacete de qualidade aumenta o conforto e, no caso de queda ou acidente, ele pode definir a vida ou a morte do usuário.

Fundamental, sua eficácia está ligada à qualidade de partes metálicas, casco de plástico e isopor interno, bem como ao prazo de fabricação. Cascos que sigam as regras de segurança partem de R$ 300, mas modelos mais arrojados e confortáveis podem custar até R$ 6.000.

Jaqueta especial para motociclista oferece reforço para proteção contra quedas

Jaqueta especial para motociclista oferece reforço para proteção contra quedas

3. Jaqueta

Uma boa jaqueta para motociclista tem, por exemplo, protetores nos cotovelos, antebraços, ombros e até nas costas. Em caso de queda ou impacto, as chances de haver ferimentos graves são menores.

Se o motociclista usar uma jaqueta de lã, porém, não terá qualquer tipo de proteção — por mais grossa que seja. Em caso de deslizamento, o asfalto age como uma lixa, que vai desfazer todas as camadas do tecido; caso aconteça um impacto, não há qualquer proteção que absorva a energia do impacto antes do corpo. Peças de boa qualidade começam capacete, em R$ 300 e podem chegar aos R$ 2.000.

4. Calça especial

Calças jeans também transmitem a falsa sensação de segurança. Infelizmente, o algodão não é páreo para o asfalto que o transforma em farrapos, qualquer que seja a intensidade da queda.

Para se proteger é necessário que o tecido tenha resistência à abrasão. Assim, como as jaquetas, é necessário que a calça tenha reforço nos joelhos, canelas e quadris. Algumas já são confeccionadas com tecido composto de Kevlar e proteções embutidas — excelentes opções, que custam cerca de R$ 300, permitem até mesmo o uso diário.

Luva apropriada tem proteção especial na palma e no dorso

Luva apropriada tem proteção especial na palma e no dorso

5. Luvas

Quem observa motociclistas andando em avenidas ou mesmo rodovias verá que poucos usam luvas protetoras. Infelizmente, o equipamento é um dos mais necessários, pois as mãos são as primeiras a tocar no solo em caso de queda. Luvas de algodão ou de lã protegem apenas contra o frio e são inúteis em emergências.

As luvas desenvolvidas para uso na pilotagem trazem proteções para a palma, dorso e dedos — as regiões mais afetadas em caso de queda — e podem evitar ou minimizar danos como fraturas. Seus preços partem de R$ 150.

Bota especial deve ficar presa ao pé e não oferecer resistência em caso de queda

Bota especial deve ficar presa ao pé e não oferecer resistência em caso de queda

6. Botas

Aqui, um capítulo à parte no folclore dos motociclistas. Muita gente pensa que uma bota pesada e grossa é o bastante para proteger em caso de queda. A tecnologia envolvida no equipamento correto, porém, está ligada à dissipação da energia, não à espessura da peça.

Em caso de queda, a bota deve se manter fixada ao pé do piloto e permitir que os pés deslizem livremente. Por isso as botas dos pilotos de competição são lisas e ajudam a evitar torções dos pés ou tornozelos. Os preços partem de R$ 500.

Fonte: Uol Carros



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